quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Para Roma (no meio-fio)


(beto takai)

Saem os acordes do meu coração
Na esperança de te ter em qualquer lugar
Ou ao menos de te ver
No meio fio daquela nuvem lá ao longe
Com forma de sentimento
Que seja eu e você
No eterno vagar do vento
Em qualquer direção

terça-feira, 15 de junho de 2010

Medo dos Olhos


(Beto Takai)

Os olhos puxados de guardar palavras
As palavras cansadas de gerar olhares
E o menino entra
Ele aparece, senta e possui
Consegue enxergar por minha roupa
-Gosto de pessoas simples
-Eu sou simples (ainda mais agora ‘sem roupa’)
Trocamos duas palavras
Poucos olhares
Suficientes para perceber
Que tenho medo.
(Admiração)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Orgânicos


(Beto Takai)

O Teatro é organico
Como o lírio que chora.
Os artistas são loucos
Por que querem encontrar o amor.
O mundo está podre
Feito uma barriga inchada de fome.
As vezes gosto de acreditar
Que vou conseguir despertar
Desse sonho mal
para dançar no meio-fio de uma núvem
Com pessoas suer loucas
E a babaquice do undo
Evaporace com o nosso suor
E caísse feito bosta
Nos caretas que não sabem dançar.

PS: Orgânico é um termo genérico para processos ligados à vida, ou substâncias originadas destes processos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Itinerário (dos anjos?)



(Beto Takai)

O caminho está coberto de lagrimas.
Eu as deixo caírem
Como gotas de um remédio amargo
De cima eu consigo ver
loucos, putas, belos, velhos
Todos com sua solidão interna e imensa.
E eu não tão distante,
Estou só.
Até meu amigo secreto me abandonou
E as borboletas antes coloridas que saiam de mim
Esconderam-se em algum lugar
Só consigo abrir minhas asas com dificuldade.
Eu sou Ana, Claudio, Nabucodonosor, Isis, Homem, Mulher
Sou aquele que tratou de inventar toda escuridão
E que quando voa, consegue abrir uma luz
A luz que preciso para viver: Liberdade.

Para Dani


(Beto Takai)


Não cabe a nós entender
Os mistérios que nos completam.
Não cabe a ninguém nos entender!
Por que qualquer coisa
Além do que é compreensível
Só é real até o momento
Em que tudo faz sentido

Sente como a arte cobre nossas vidas?
(envolve)
E pisa nas veias
Que ligam os nossos sentimentos
E nos unem as outros incompreensíveis
Que assim como nós
Não conseguem se entender.